Projetos preveem 16 quilômetros de faixas exclusivas em algumas das principais ruas do Centro. Somados, serão mais 84 km de vias para o transporte coletivo


O pacote de mobilidade com verbas federais prevê a implantação de mais 68 quilômetros de canaletas ao sistema. Outros 28 quilômetros de vias expressas devem passar por adequações, principalmente para permitir a passagem dos “Ligeirões”. “O mais importante a considerar é que as faixas permitem aumento da velocidade média e, principalmente, vêm ao encontro do princípio de priorização do transporte coletivo”, diz o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior.
A Urbs já encomendou a elaboração de projetos executivos de faixas exclusivas para cinco vias da capital. As escolhas foram feitas tendo como base o tamanho da rua, a capacidade de tráfego e o volume de passageiros transportados nos ônibus que trafegam na região.
Por enquanto, a prefeitura estuda implantar essas faixas em dois novos eixos e também expandir um que já existe. As novas faixas devem ficar nas avenidas Getúlio Vargas e Iguaçu, no trecho entre o Centro e o bairro Seminário, e nas ruas Conselheiro Laurindo e João Negrão, no trecho entre o Prado Velho – próximo ao Teatro Paiol – e o Terminal Guadalupe. Além disso, a Rua Alferes Poli terá seu trecho de faixa exclusiva ampliado (veja infográfico).

NTU propõe financiamento para projetos
A experiência exitosa de São Paulo pode ser estendida para outras capitais e cidades de mais de 500 mil habitantes, no que depender da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). De acordo com o diretor administrativo e institucional da entidade, Marcos Bicalho, a associação vai apresentar uma proposta ao governo federal para a criação de linhas de financiamento simplificadas para esse tipo de projeto.
O “Programa Emergencial da Qualificação do Transporte Público por Ônibus” será lançado amanhã e conta também com o manual “Faixas Exclusivas – experiências de sucesso” que apresenta critérios técnicos, desenhos urbanos e os principais resultados operacionais dessa medida em cidades como São Paulo e Goiânia. “É uma solução muito simples e há aumento significativo de velocidade. Com isso, você consegue atender pelo menos a um dos pleitos dos usuários, que é o tempo de viagem”, argumenta Bicalho.
Conforme a associação, os custos para implantar esse tipo de projeto podem variar de R$ 100 mil até R$ 1 milhão o quilômetro, dependendo do nível de intervenção feito. “Os ônibus carregam 80% dos passageiros que passam por uma via e ocupam só 20% desse espaço. O que a gente vê como solução é uma repartição mais equânime desse espaço”, argumenta o diretor da NTU.
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