terça-feira, 12 de novembro de 2013

Famílias inscritas na Cohab são despejadas de casas ocupadas e fecham rua para protestar

Famílias cadastradas na Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), que haviam ocupado cerca de 16 casas na noite de ontem, realizaram um protesto logo após o despejo no final da tarde desta segunda-feira (11). De acordo com a alegação dos manifestantes, eles estão no cadastro da Cohab há muito tempo e ficaram sabendo que essas casas seriam destinadas para pessoas em área de risco, ao invés deles que já moram na região do Uberaba. O cruzamento fechado fica localizado no cruzamento das ruas Fernando Antônio Alberti e Helena Carcereri Pierkarski.
De acordo com a moradora Benta do Rosário Santos, que diz estar na lista há seis anos, eles se sentem esquecidos e no momento da saída nada foi dito. “Eles só chegaram tirando as minhas coisas e quebrando tudo, só queremos poder morar dignamente”, disse.
Já Ricardo Soares confirmou que o principal motivo para a ocupação foi receber da Prefeitura a informação que pessoas de outros bairros seriam privilegiados pela companhia ao invés deles. “Seis anos e não conseguimos uma moradia. Nós temos filhos pequenos e queremos mostrar para a Cohab que existimos”,  comentou.
De acordo com o guarda municipal Dalla Vila, as casas foram ocupadas por cerca de vinte famílias e todo o processo foi pacífico e sem reação.
A Prefeitura de Curitiba confirmou que as casas estão destinadas a moradores de áreas de risco, da região do Uberaba, e que inclusive já possui a lista com as famílias que passarão a morar nessas residências. A Guarda Municipal irá monitorar as casas para evitar novas ocupações.
Sobre a alegação de tempo na fila da Cohab, a Prefeitura informou que precisa analisar caso a caso, mas a situação é diferente. Quem está em área de risco é contemplado por um programa, enquanto os manifestantes estão na fila para entrarem pelo Minha Casa Minha Vida, que é subsidiado pelo Governo Federal.

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